segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Horário do Conselho de Classe

Pessoal, como disse num mensagem anterior, a presença de vocês no Conselho de Classe. A ordem das classes será a seguinte: Esse horário é aproximado. Algumas classes vão rápido e outras mais lentamente. Procurem chegar meia hora antes, entrem ou pela sala dos professores ou pela secretaria.

05/12:  13 horas - 1º A       06/12:  13 horas  - 1º D        07\/12: 13 horas - 1º G
            13h30    - 1º B                     13h30    - 1º E                      13h30    -  1º H
            14 horas - 1º C                     14 horas - 1º F                      14 horas - 1º I
            14h30    -  1º J                      14h30    -  1º N                     14h30     - 1º R
             15 horas - 1º K                    15 horas -  1º O                     15 horas - 1º S
             16 horas - 1º L                     16 horas -  1º P                      16 horas - 2º M
             16h30    -  1º M                    16h30    -  1º Q                      16h30    - 2º N

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Horário do conselho de Classe

Pessoal, assim que formos informados sobre o horário do Conselho de Classe comprometo-me a divulgar neste blog os horários prováveis de cada turma. Consultem até terça-feira a noite.
Lembrem-se as reuniões de Conselho ocorrerão quarta, quinta e sexta-feira (dias 5, 6 e 7  de dezembro). É muito importante garantir o espaço democrático de participação dos alunos.
Tchau.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Seminário do 1º G - Sociedade e economia na Sociedade Feudall


 Eis o Seminário das meninas do 1º G: Ariane, nº 9; Flávia, nº 23; Milena, nº 35 e Thaise, nº 38.

 
 
Comentário do Vitor -: ficou muito bom, pela circunstância de ser o PRIMEIRO seminário feito, parabéns, portanto às meninas pela coragem. O único reparo que coloco é o seguinte: faltou acrescentar a Bibliografia pesquisada e o nome das componentes do grupo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Atividade em dupla


O senso comum costuma considerar a Idade Média como a “Idade das Trevas”. Uma época de atraso, de ignorância, superstições e um tempo em que toda a riqueza, a cultura e beleza da Antiguidade greco-romana foram esquecidas. No entanto, uma pesquisa mostrará que isto não é bem a verdade. Pesquise dois aspectos positivos e dois negativos da Idade Média.

Cronograma de entrega:
1os A, B, C e D – dia 5 de novembro
1º E – 6 de novembro
1º F – 7 de novembro
1º G – 6 de novembro
1º H – 5 de novembro
1º R – 5 de novembro
1º S – 6 de novembro

Lembrando, os alunos que fizerem seminário não precisam entregar esta atividade 1.em dupla

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Proposta de trabalho para o 4º Bimestre de 2012

Pessoal, para o quarto e último bimestre de 2012, proponho duas formas de trabalho, parecidas entre si, mas com diferenças de atuação. Na primeira semana do bimestre discutiremos e deidiremos como iremos trabalhar, cada turma decidira comigo qual a forma de trabalho. Proponho as seguintes estratégias de trabalho:

Dois caminhos a seguir: ou continuar na mesma linha do bimestre passado, respostas a questões do livro, com trabalho em dupla, avaliação individual escrita e o provão (especifica em História e desempenho geral), a este caminho chamremos de tradicional. ou proposta com trabalhos e seminários em grupo conforme orientações abaixo estabelecidas, a esta proposta chamrei de diferente.

Tradicional – Serão cinco atividades, com conceitos valendo entre 0 e 2:

Atv 1 – Vistos no caderno dos questionários do livro:

1)    p. 162/163 – Introdução

2)    p. 166 – Sociedade e economia da AIM

3)    pp. 169-173 – Igreja cristão medieval

4)    p. 176 – Feudalismo e a ordem feudal

5)    p. 182 – Mudanças feudais, as cruzadas e o renascimento comercial

6)    p. 184 – Cultura medieval

7)    pp. 189-191 – Arábia, Maomé e o Islã

8)    pp. 195-198 – Expansão muçulmana, ciências e artes

9)    p. 204 – África

Atv 2 – Trabalho de pesquisa em duplas sobre um dos temas relacionados;

Atv 3 – Avaliação escrita individual

Atvs 4 e 5 – Provão – específico e a geral

É possível que haja alguma nota extra por trabalhos realizados – Cineconte ou a outra atividade realizada no sábado.
Diferente – Também conceito de cinco atividades valendo entre 0 e 2 pontos:

Serão formados 9 grupos em cada classe com no máximo 5 componentes. O grupo fica encarregado de apresentar um trabalho escrito (pode ser digitado mas não copiado – não deve haver frases literalmente copiadas de fontes, ou seja, palavras e ideias podem ser copiadas mas nunca frases inteiras sequenciais copiadas. Além do trabalho escrito entregue ao professor na data estipulada o grupo deverá apresentar um seminário para a classe, colocando um resumo na lousa  (com tamanho máximo de uma lousa com 4 ou 5 divisões). Este resumo da lousa será copiado pela classe e vistado pelo professor. Tempo máximo de exposição do seminário 30 minutos. Cada uma das atividades do trabalho em grupo (seminário e trabalho escrito) vale 2 pontos cada. Atividades do bimestre:

Atv 1 – Vistos no caderno

Atv 2 – Seminário

Atv 3 – Trabalho escrito em grupo

Atvs 4 e 5 – Provão – específico e a geral

É possível que haja alguma nota extra por trabalhos realizados – Cineconte ou a outra atividade realizada no sábado.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Provão de História 3º Bimestre Gabarito comentado

Pessoal, vejam o gabarito das questões do Provão com um pequeno comentário.

61: (UEPB) - Universidade Estadual da Paraíba (modificada) – Dentre os movimentos sociais que marcaram a República Romana, podemos destacar as lutas entre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto afirmar:

A - O casamento entre patrícios e plebeus não foi permitido, apesar das conquistas do povo romano nas lutas contra os patrícios.

B - Apesar da marginalização política, não havia discriminação entre patrícios e plebeus.

C - Os plebeus conquistaram, em 367 a.C, o direito de participar do consulado com a promulgação da Lei Licínia, que também regulamentou a exploração das terras públicas.

D - Quando um patrício tornava-se insolvente, sem condições de pagar dívidas, tinha de se submeter ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os conflitos entre plebeus e patrícios.

Resposta correta alternativa C, mostra quando os plebeus, excluídos do Senado na República romana conseguem através dos irmãos Graco representação no governo republicano em Roma. (paginas 133 e 134 do livro)

 62: (PUC-PR) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná (modificada) – As lutas por riquezas e territórios sempre estiveram presentes na História. Na Antiguidade, o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas por:

A - romanos e cartagineses.

B - macedônicos e romanos.

C - romanos e germânicos.

D - gregos e romanos.

 Resposta correta alternativa A. Cartago era uma cidade-estado no norte da África, principal rival dos romanos, derrotada nas Guerras Púnicas. (pag. 134)

 63: (UFAM) - Universidade Federal do Amazonas (modificada) – A civilização romana conheceu a seguinte evolução política:

A - Império, Monarquia e República;

B - Monarquia, Império e República;

C - Monarquia, República e Império;

D - República, Monarquia e Império.

 Resposta certa é a alternativa C.

 64: (FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio (modificada) – Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:

A - o fortalecimento do paganismo sob o imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos;

B - a publicação do Edito de Milão, que impediu a legalização do cristianismo e alimentou a repressão;

C - a formação de heresias, como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo;

D - a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos cristãos.

 Resposta correta é a aalternativa D, páginas 137 e depois a 148.

 65. (FUVEST) (modificada) – A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Assinale a alternativa que contém dois destes traços.

a) O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas polilatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental;

b) O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental;

c) O idioma usado pelos romanos - o italiano - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental;

d) nenhuma das alternativas.

  Alternativa correta é a B, página 129 do nosso livro de História.

 

No balanço do 3º Bimestre

Pessoal, desculpem minha lentidão... Só consegui terminar ontem (domingo, 30 de setembro) a média do 3º Bimestre, enviei para a escola e fui dormir, afinal não tenho mais idade pra ficar nas bladinhas da madrugada. Hoje de manhã publico.
Agora é possível fazer um balanço do seu rendimento escolar ao longo do ano, até agora, em Históira. some as notas, quem tiver menos de DEZ pontos, tá difícil sua situação. Acima desse total, estude mais um pouquinho. Quem tiver 18 pontos pra cima, parabéns, em História no 1º ano você já passou. E nas outras matérias?
Só pra registraraqui, avaliei nesta primeira série do primeiro ano as habilidades e competências de leitura, interpretação, comparação e conclusão pessoal. Costumo dizer que neste primeiro ano você passa pelo batismo de entrada no mundo da cultura. Continuem...

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Eu te proponho...


Proposta de questões para a avaliação individual - 3º Bim
 
1.    Descreva a divisão territorial do Império Romano mostrada no mapa (p. 149, doc. 27)

2.    Relacione o pensamento de Sêneca com o pensamento estoico.  (p. 140, doc. 17)

3.    Quais as características da família romana? Há alguma semelhança com nosso conceito de família atualmente?

4.    Qual foi a atuação das mulheres na difusão do cristianismo pelo Império Romano? (p. 148, doc. 25)

5.    Comente a seguinte frase do texto relacionando-a com a crise romana do século V e VI: “Porque preferem viver livres sob a aparência de escravidão a serem escravos sob a aparência de serem de liberdade” (p.  149, doc. 28)

6.    Identifique a crítica feita por M. Rostovtzeff, no texto da p. 130, relacionada ao conhecimento histórico produzido sobre a Roma antiga.

7.    Para os romanos quem eram os bárbaros. (p. 138)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vídeo: Construindo um Imperio - Roma

Abaixo o link para o vídeo que vamos assistir. É uma produção do History Channel, de 2006 com duração de 94 minutos.

Documentário de 2006 do History Channel, faz uma história contada a partir da engenharia e da construção de obras de engenharia. O título original em inglês é a melhor informação. Produção norte-americana para o HC, usa historiadores que fazem seus depoimentos centrados na memória material, utilizando computação gráfica para “reconstrução” de monumentos, Não são citadas as fontes históricas pesquisadas, portanto “temos” de confiar no depoimento dos historiadores e na direção de Christopher Cassel.
Usaremos duas aulas para exibição do documentário, e será cobrado uma atividade em dupla, respondendo aos seguintes questionamnetos:
1) Entre as diferentes obras de engenharia romana mostradas, qual a que mais impressionou a dupla? Espliquem por quê.
2) São apresentados ao longo do documentário diversos personagens históricos, escolha aquele que mais chamou sua atenção explicando por quê.

Olha pessoal, a atividade está em "stand by", aguardando a estratégia a ser usada: ou a sala de vídeo, se disponível ou um aparelho de TV e leitor de DVD móvel no andar de nossa classe. Vamos ver como resolvemos.



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Propostas de Atividades a serem realizadas no 3º Bimestre

As atividades propostas poderão ou não serem todas trabalhadas ao longo do bimestre, tudo depende de tempo. Se não der, nos adaptamos à realidade.

Primeira Atividade: Pesquisar na página 129 do livro[1] quais foram as contribuições da civilização da Roma antiga para as civilizações contemporâneas.

Segunda Atividade: Cópia do texto da lousa – “Pequena introdução à história de Roma antiga” – Texto disponível neste blog.

Terceira Atividade: Pesquisa no livro no capítulo das páginas 130 a 132 de dois tópicos: a) Recontar o mito de fundação de Roma; b) Recontar a tradição da violação de Lucrécia.

Quarta Atividade: Responder às duas questões propostas pelo livro na página 132.

Quinta Atividade: Pesquisar no livro no capítulo das páginas 133 a 135 os seguintes tópicos: a) Quem eram os patrícios e os plebeus? b) Conta quem foram as chamadas Guerras Púnicas e por que a vitória romana nestas guerras significou uma grande mudança na expansão territorial de Roma c) Quem eram os irmãos Graco e o que fizeram? d) Leia na pág. 135 o doc. 8 e em seguida relacione o discurso de Tibério Graco com as tensões sociais do fim da República Romana.

Sexta Atividade: Pesquise no livro no capítulo pág. 136 a 138 os seguintes tópicos: a) Quem foi Espártaco e o que fez? b) Faça um pequeno resumo com suas palavras sobre o Poder do imperador. c) Quem eram os bárbaros para os romanos e onde viviam?
Sétima Atividade: Pesquisar no livro entre as páginas 139-142 e em seguida responder às quatro questões da página 142.

Oitava Atividade: Pesquisar nos capítulos do livro das páginas 146 a 148 os seguintes tópicos: a) O que foi a Reforma de Diocleciano? b) Qual a relação entre Constantino e o cristianismo? c) Que fatores favoreceram a difusão do cristianismo na sociedade romana (docs. 25 e 26), d) Quais as consequências da adoção do cristianismo pelo Império romano?
Nona Atividade: Pesquisar no livro nas páginas 149 a 150 e responder às questões propostas da página 150.
Décima Atividade: Fazer a atividade proposta pelo livro na página 151.
Atividade extra (PODERÁ OU NÃO SER TRABALHADA): Consultar imagens e textos disponíveis no livro nas páginas 144-145 e realizar a seguinte atividade no caderno. A atividade poderá ser feita de duas formas: ou responder às duas questões propostas pelo livro ou a partir das imagens fazer um texto próprio ou inventando uma história ou descrevendo as imagens.



[1] Alves, Alexandre. Conexões com a História, v.  1 Das origens do homem à conquista do Novo Mundo. 1. Ed, São Paulo: Moderna, 2010.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Pequena introdução à história de Roma antiga


A civilização romana é a base da sociedade ocidental que se formou, inicialmente na Europa ocidental e depois nas Américas.

As informações históricas que temos nos dizem que os romanos surgiram com uma sociedade organizada por volta do século VIII (8) a.C. (oficialmente foi no ano de 753 a.C.) e existiu de forma organizada até o século V (oficialmente no ano de 476, com a deposição do último imperador romano do ocidente).

Os livros de história costumam dividir a história de Roma antiga em três etapas: monarquia, república e império.

O período da monarquia vai de 753 a.C. até 509 a.C.;

A fase republicana vai de 509 a.C. até 27 a.C.;

Finalmente o império dura de 27 a.C. até 476.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Atividades em duplas


Questões para a atividade em duplas. O objetivo desta atividade é avaliar a cooperação e autonomia de pensamento dos alunos. As questões, abaixo reproduzidas, são retiradas do “Caderno do Aluno da Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias – História”, Volume 2, material fornecido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), pela CENP (Coordenação de Estudos e Normas Pedagógicas) e pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), na edição de 2012. Para facilitar a execução das tarefas é permitida a consulta ao livro fornecido pela SEE (“Conexões com a História” – Alexandre Alves, Letícia F. de Oliveira, Vol. 1 – Das origens do homem à conquista do Novo Mundo. São Paulo: Editora Moderna, 2010, p. 115-119).

Página 10 – 1. “A democracia grega antiga é um regime em que os cidadãos exercem um papel importante, quando têm acesso às assembleias. O problema que se coloca é: Quem é cidadão na pólis grega? Ao se considerar o modelo estudado, o da democracia ateniense, poucos são os cidadãos. A partir dessa constatação e à luz dos estudos realizados, desenvolva um texto sobre “Os limites da democracia ateniense“.

O texto deve ser original dos alunos – evitando, portanto a cópia, o texto deve ter correção gramatical e formal, coerência e lógica, mas deve deixar claro o entendimento da ideia de pólis enquanto uma forma de organização política das diferentes cidades gregas do período, destacando as características exclusivas do caso solicitado na questão (Atenas), onde mulheres, crianças, estrangeiros e escravos estavam excluídos da participação da Assembleia Popular (a Eclésia), órgão supremo de Atenas. O texto deverá deixar claro que o critério econômico não é o mais importante na definição da condição de cidadão, e sim o aspecto jurídico relativo ao fato de ser do sexo masculino e descendente de pai e mãe ateniense, desconsiderando-se sua condição de ser rico ou pobre.

 Página 11 – 2. Sobre Esparta, o estudioso Moses Finley afirmou:

        “Ser igual significava compartilhar de um ciclo de vida comum bem definido, incluindo:
1. uma educação comum, formal e compulsória, destinada a inculcar a obediência, a coragem, a disciplina e a habilidade militar profissional;
2. uma única vocação ou profissão, a de soldado ou a de oficial hoplita;
3. segurança econômica e independência quanto às preocupações de ordem econômica, sendo todos os serviços produtivos e auxiliares executados por duas categorias distintas de súditos, os hilotas e os periecos;
4. uma vida pública [...] numa comunidade totalmente composta de homens, com o máximo de conformismo e anti-individualismo.”
FINLEY, Moses I. Esparta. In: Uso e abuso da História. Tradução Marylene Pinto Michael. São Paulo: Martins Fontes, 1989. P. 24-179.

Com base nessas informações, desenvolva um pequeno texto que retrate as motivações da militarização espartana, a divisão do trabalho na sociedade e a vida pública.

Resposta também deve ser pessoal e original destacando a oposição entre democracia e oligarquia, enquanto na primeira há o livre debate das propostas, na oligarquia as decisões pertencem a um grupo minoritário da sociedade que precisa impô-las aos demais membros da sociedade. No caso, os esparcíatas (elite oigárquica formada pelos proprietários das terras agriculturáveis e suas famílias) dominando os periecos (famílias livres de espartanos pobres ou de estrangeiros, que se dedicavam ao cmércio e demias trabalhos urbanos e rurais) e finalmente os hilotas (escravos, pobres  sem nenhuma propriedade). Some-se a isso a educação que formava militares, dando maior ênfase à coragem, obediência e disciplina. Deve também lembrar o texto a condição da hierarquia militar em que os subordinados devem conformar-se e obedecer, sem discussão, as determinações dos superiores.

Página 20. Observe as afirmações a seguir e, na sequência, à luz dos conteúdos estudados, analise cada uma delas e responda às questões que seguem:

“Os negros escravizados no Brasil foram trazidos do continente africano.”
“No Brasil, as mulheres têm direito ao voto a partir de 1932.”
“Um estrangeiro naturalizado pode votar nas eleições no Brasil”

 Página 21. Os três aspectos a seguir podem ser percebidos de modo diferente na história da Grécia Antiga e na história do Brasil. Pesquise e desenvolva uma análise comparativa a esse respeito.

a)      Escravidão:
b)      Participação feminina na sociedade;
c)       Inserção política dos estrangeiros:

Como nas questões anteriores, o texto deve ser original. Nesta questão é solicitada a comparação de duas situações bastante distanciadas no tempo e no espaço, a realidade do aluno no Brasil no século XXI (e de todos nós brasileiros nos séculos anteriores - XIX e XX) e a de algumas referências feitas na escola sobre a Grécia antiga no período clássico (século V a.C.). Necessário para fazer essa análise alguns conhecimentos prévios sobre a realidade em que vivemos atualmente, a questão racial nos dias de hoje e a escravidão terminada em maio de 1888 (terminou realmente?), o machismo da sociedade brasileira atual, a presidência da república exercida por uma mulher e o direito a voto para mulheres, menores de dezoito anos, analfabetos e estrangeiros naturalizados, comparando essas informações com as que o livro e algumas explicações dadas nas aulas e possivelmente anotadas pelo aluno no caderno sobre a Grécia Antiga, passando pela exclusão das mulheres, crianças e escravos da cidadania em Atenas, o machismo espartano em consequência do caráter guerreiro, bélico e oligárquico. Com relação à escravidão, seria bom se o texto mencionasse o caráter mercantilista da escravidão da época moderna, e o fato de que a escravidão da Antiguidade ser decorrente de guerras, portanto a origem dos escravos na Grécia Antiga podia ser da própria Europa e não essencialmente africana como no Brasil colonial e imperial. Claro que não deve ser esquecido a originalidade do texto, não devendo ser copiado, ter correção gramatical, coerência e lógica.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Respostas comentadas ao Provão - História

Pessoal vou tenar comentar as respostas aos cinco testes de História do Provão do segundo bimestre. Espero esclarecer aos interessados.

Questão 61: (UERN) - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte -
ACRÓPOLE. Acrópole significa cidade alta. De modo geral, toda cidade grega possuía a sua acrópole, isto é, a parte alta em contraste com a parte baixa. Não era comum que a acrópole ficasse situada no centro da cidade, como no caso de Atenas. A posição da acrópole a transformava no baluarte natural de defesa e, primitivamente (séculos XVIII-XII a.C.), na sede do poder político.
Conquistar a acrópole era derrotar a cidade. No século VI a.C., quando os tiranos tomam o poder, eles o fazem dominando a acrópole.
ÁGORA. Praça pública das cidades gregas, parte essencial da polis, sendo ponto convergente de inúmeras atividades sociais, econômicas, religiosas e culturais. Sua função dominante, porém, era política, e o lugar, democrático por excelência. No decorrer da época arcaica (séculos VIII-VI a.C.), a vida política da cidade transferiu-se lentamente da acrópole para a ágora que, rapidamente, se tornou o centro de toda a comunidade. Na ágora concentravam-se as assembleias, os tribunais e demais edifícios administrativos e políticos. Concomitantemente, cresceu sua significação no plano religioso: ali podiam ser encontrados altares, santuários, túmulos de heróis. Várias cerimônias populares e cívicas se desenrolavam também na ágora, como, por exemplo, as dionisíacas. (AZEVEDO,1990, p. 13 -16).
O deslocamento do poder político da acrópole para a ágora faz parte, no contexto da evolução dos sistemas democráticos, da Antiguidade aos dias atuais, da

A - permanência, na Grécia Antiga, de uma sociedade desigual, dividida em classes, que separava a população por critérios de cidadania.
B - transferência do modelo da democracia direta da Grécia Antiga para as sociedades hoje existentes.
C - separação entre interesses políticos e econômicos, tanto na Grécia Antiga quanto nas sociedades contemporâneas.
D - defesa da democracia pelos países ricos como mecanismo para independência econômica das nações em desenvolvimento.

COMENTÁRIO: RESPOSTA CORRETA É A ALTERNATIVA A.
Atenas Clássica organizou pela primeira vez na História da humanidade o sistema de governo democrático, o qual incluía nas decisões políticas pobres e ricos desde que fossem nascidos de pais e mães atenienses. A categoria social de cidadão é jurídica, pois do ponto de vista econômico incluía ricos e pobres.

QUESTÃO 62 - UFGD/MS) Universidade Federal da Grande Dourados -
Com relação aos regimes sociais e políticos da Grécia Antiga, é CORRETO afirmar que
A - os gregos protagonizaram a experiência democrática mais plena da história, uma vez que a democracia se estendia para o âmbito econômico, social e religioso.
B - a democracia grega possibilitava às mulheres o direito ao voto, ao exercício de cargos políticos do executivo e a participação efetiva nas assembleias legislativas.
C - na sociedade ateniense, apenas os cidadãos tinham direitos políticos, e somente era considerado cidadão o indivíduo do sexo masculino, maior de idade, nascido em Atenas e filho de pais atenienses.
D - a filosofia grega, sobretudo a de Aristóteles, defendia a plena igualdade entre todos os indivíduos, independentemente de classe social, gênero ou etnia.
COMENTÁRIO: RESPOSTA CORRETA É A ALTERNATIVA C.
Os critérios jurídicos para ser cidadão em Atenas eram exatamente esses: sexo masculino, maioridade, nascimento em Atenas sendo filho de pais atenienses.

QUESTÃO 63 – (UNIFAE/PR) - Centro Universitário Franciscano do Paraná -
Os poemas atribuídos a Homero – a Ilíada e a Odisseia – falam, respectivamente:
A - das histórias de Zeus, rei dos deuses gregos, e do herói Teseu, que matou o Minotauro;
B - da sociedade ateniense e da sociedade espartana;
C - da Eclésia, o órgão mais importante da democracia ateniense, e do Areópago, o tribunal mais antigo de Atenas;
D - da guerra de Tróia e da viagem de Ulisses;
COMENTÁRIO: RESPOSTA CORRETA É A ALTERNATIVA D.
Os poemas atribuídos a Homero falam de um período anterior à Grécia Clássica. Esse período caracterizasse por ser uma ´poca de guerras. O tema é abordado narrando a mítica guerra na cidade de Ilion (Tróia em português) e as aventuras do herói Odisseu (Ulisses em português).
QUESTÃO 64 - (UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso -
A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental contemporânea, tendo exercido grande influência, principalmente, sobre as sociedades europeias. Sobre a Grécia Antiga, assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
A - A Grécia não possuía um Estado Nacional Unificado, sendo composta por várias cidades independentes, entre as quais se destacaram Atenas e Esparta.
B - A democracia grega era ampla, admitindo a participação de todas as pessoas no processo político.
C - As cidades gregas não lutavam entre si, concentrando seus esforços bélicos somente para subjugar outro povo ou se defender de agressões externas.
COMENTÁRIO: RESPOSTA CORRETA É A ALTERNATIVA A.
Desculpem, mas por um erro de digitação, "desapareceu" a alternativa D. Tudo bem pois a única alaternativa plenamente correta é a A, pois, como já foi explicado antes, não eram todos os que estavam incluídos na democracia, havia exclusões... e as cidades gregas guerreavam entre si, logo a única alternativa sem erros é a primeira.
QUESTÃO 65 - (UNESP/SP) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho -
A palavra democracia originou-se na Grécia Antiga e ganhou conteúdo diferente a partir do século XIX. Ao contrário do seu significado contemporâneo, a democracia na pólis grega:
A - funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres;
B - abrangia o conjunto da população da cidade, reconhecendo o direito de participação de camponeses e artesãos em assembleias plebéias livremente eleitas;
C - pregava a igualdade de todas as camadas sociais perante a lei, garantindo a todos o direito de tomar a palavra na Assembleia dos cidadãos reunida na praça da cidade;
D - evitava a participação dos militares e guerreiros, considerando-os incapazes para o exército da livre discussão e para a tomada de decisões consensuais.
COMENTÁRIO: RESPOSTA CORRETA É A ALTERNATIVA A.
Lembrando sempre que a ideia e a prática de democracia varia de lugar para lugar, de tempo para outro tempo. No caso da Atenas do período clássico estavam excluídos estrangeiros, mulheres, escravos e crianças.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Possíveis respostas

Pessoal aqui arrisco a resposta para algumas das atividades do bimestre. LEMBREM-SE, MATÉIA PARA O PROVÃO: página 106 do livro até a 119, ou seja: A CIVILIZAÇÃO GREGA.


Atividade 1 (valendo dois ou um visto)

p. 107

1. Observe as imagens. Você identifica na nossa sociedade elementos de permanência da arquitetura greco-romana? Quais?

R. Observando as duas fotografias das páginas 106 e 107, podemos observar um aqueduto (p. 106) e um anfiteatro grego (p. 107). No aqueduto podemos observar a permanência dos arcos como sistema de sustentação de pontes e viadutos. Já no anfiteatro trabalha-se a ideia das arquibancadas.

2. Em sua opinião o que significa democracia? E cidadania?

R. Resposta pessoal, mas o  aluno deve destacar os seguintes aspectos: democracia e cidadania são ideias que variam de acordo com o local e o tempo em que elas ocorram. No entanto democracia pressupõe ideias relacionadas ao significado grego da palavra: democracia: governo do povo ou da maioria.  Cidadania significa pessoa do povo que participa e decide os destinos de sua comunidade.

Atividade 2 de pesquisa a ser feita em casa no caderno valendo dois ou um visto

Pesquisar o significado da palavra “clássico”. Em seguida procure formular uma explicação possível para o título da Unidade 2 do livro “Antiguidade Clássica: Grécia e Roma”

R. A palavra “clássico” no dicionário Aurélio tem os seguintes significados: Clássico:
[Do lat. classicu.]Adjetivo. 1. Relativo à arte, à literatura ou à cultura dos antigos gregos e romanos. 2. Que segue, em matéria de artes, letras, cultura, o padrão desses povos. 3. Da mais alta qualidade; modelar, exemplar. 4. Cujo valor foi posto à prova do tempo; tradicional; antigo.  5. Que segue os cânones preestabelecidos; acorde com eles. 6. Sem excessos de ornamentação; simples, sóbrio. 7. Famoso por se repetir ao longo do tempo; tradicional. 8. Usado nas aulas ou classes. 9. Costumeiro, costumado, habitual. 10. Diz-se da obra ou autor que, pela originalidade, pureza de língua e forma perfeita, se tornou modelo digno de imitação. 11. Autorizado ou abonado pelos autores clássicos. 12. Bras. Desus. Diz-se do curso de nível médio em três anos, no qual predomina o ensino de línguas, de filosofia, etc.
Substantivo masculino 13. Escritor da Antiguidade (grega ou latina).  14. Escritor, artista ou obra consagrada, de alta categoria.  15. Acontecimento famoso por sua repetição em épocas consecutivas. 16. Fut. Partida disputada entre dois times famosos.  17. Turfe Grande prêmio ou páreo especial.  18. Bras. Desus. Curso clássico. Com relação ao título da Unidade 2 do livro “Antiguidade Clássica: Grécia e Roma” podem ser os significados 3 e 4 do adjetivo e 15 do substantivo, pois os acontecimentos da Grécia e de Roma da Antiguidade de alguma forma servem de exemplo para setores da sociedade em tempos diferentes que procuram repetir o passado.

Atividade 3 (valendo dois ou um visto)

p. 110

3. O que o vaso e a máscara nos informam sobre a civilização micênica? É possível estabelecer alguma com o conteúdo do texto? Qual? (doc. 3)

R.  A cultura micênica ocorreu na ilha de Creta (ilha localizada no mar Mediterrâneo no meio do caminho entre o Oriente Próximo da Antiguidade Oriental – Egito, Palestina e Mesopotâmia e a Península Balcânica (Grécia) a mais de mil anos antes de Cristo. O vaso mostra desenhos mostrando cavalos e carruagens elementos introduzidos na ilha de Creta pelos Aqueus, povo vindo da Grécia para a ilha. Isto está descrito na página 109 do texto. A máscara funerária é de ouro, metal nobre e raro, privilégio das elites desde a Antiguidade. No caso era máscaras dos reis, elemento que denuncia a preocupação com a morte e a centralização do poder nas mãos do rei, características provavelmente herdadas da Antiguidade Oriental.

p. 113

3. Qual característica da cultura grega homérica as imagens registram? (doc. 6)

R. Inicialmente é preciso explicar o que foi o período chamado homérico. Após o período arcaico ou micênico ocorre o chamado período homérico, cujo nome é uma homenagem a Homero considerado o autor das principais referencias sobre essa época na Grécia, os dois poemas Ilíada e Odisseia, o primeiro sobre a guerra de Ílion (ou Tróia, em português) e o outro sobre as aventuras de Ulisses ou Odisseu em grego. As imagens nos informam dois elementos dos gregos da época, em primeiro lugar o seu caráter bélico e em segundo lugar o domínio do bronze, metal utilizado tanto na espada como no escudo.

Atividade 4 (valendo dois ou um visto)

p. 119

1. Quais as semelhanças e as diferenças entre a organização social ateniense e a espartana (docs. 11 e 14)?

R. As semelhanças entre as sociedades de Atenas e Esparta são: ambas as sociedades estão divididas em 3 grupos sociais; tanto mulheres como estrangeiros em ambas não possuíam direitos políticos; também em ambas sociedades encontramos escravos. Já as diferenças entre elas está no fato de que enquanto em Atenas os cidadãos são ricos ou pobres, em Esparta a cidadania é exclusiva para os ricos (esparciatas), democracia em Atenas e Oligarquia em Esparta. Outra diferença enquanto o escravo em Atenas é propriedade privada, em Esparta os hilotas são propriedade do Estado.

2. Quais as características da democracia ateniense (doc. 12)?

R. A democracia ateniense tem as seguintes características: o voto é direto; exercido pelos cidadãos em Assembleias (Eclésia) que é o órgão mais importante da democracia ateniense, pois era ela que escolhia por votação o membros da Areópago (espécie de Supremo Tribunal), da Bulé (funcionando como o Poder Executivo), os Estrategos (os chefes do exército e marinha) e do Tribunal Popular.

3. Por que se afirma que o regime político de Atenas caminhou para a democracia e o de Esparta se manteve oligárquica?

R. Enquanto em Atenas a democracia buscava incluir ricos e pobre em suas decisões, a oligarquia espartana afunilava seu poder nas mãos da classe dos ricos.

Atividade 5 (para algumas classes) – valendo um ou dois vistos

p. 123

1. Descreva as imagens e identifique as modalidades olímpicas que elas representam (doc. 15)?

R. As duas imagens representam duas modalidades do atletismo, na fotografia vemos o salto em distância da Maurren Magi e no vaso uma corrida.

2. Como o autor representou a morte de Sócrates nessa pintura (doc. 17)?

R. Neste quadro as pessoas ao redor de Sócrates parecem tristes e inconsoláveis, Sócrates deitado na cama parece proferir um discurso.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O diabo dos números.

Pessoal, haverá um projeto de Português e Artes sobre o livro "O Diabo dos números". Eu como sou chato, curioso e intrometido vou entrar de gaiato no navio e sugiro estes endereços no Youtube que acho ajudarão todos no projeto. É um programa de televisão chamdo "A História dos números". Foi produzido pela BBC de Londres e retransmitido no Brasil pelo History Channel. Abaixo coloco os links. Quem não conseguir assisitr e quiser uma cópia em DVD, arrume uma mídia virgem e combine comigo uma cópia. Ok?


Capitulo 1 - Das origens até os Sumérios


Capítulo 2 - Egito e Grécia (Pitágoras)


Capítulo 3 - Grécia (Arquimedes), Roma e Índia


Capitulo 4 - Índia (invenção do zero e dos algarismos) e Arábia


Capitulo 5 - Europa: (Fibonacci)


Capitulo 6 - Dos Número Binários (Leibniz) ao Computador

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Às vezes

De vez em quando, no meio das minhas aulas, penso no conto de Lima Barreto, "O Homem que sabia javanês". Leiam o conto e veja se concordam...

O homem que sabia javanês

Lima Barreto

Em uma confeitaria, certa vez, ao meu amigo Castro contava eu as partidas que havia pregado às convicções e às respeitabilidades, para poder viver. Houve mesmo uma dada ocasião, quando estive em Manaus, em que fui obrigado a esconder a minha qualidade de bacharel, para mais confiança obter dos clientes, que afluíam ao meu escritório de feiticeiro e adivinho. Contava eu isso.

O meu amigo ouvia-me calado, embevecido, gostando daquele meu Gil Blas vivido, até que, em uma pausa da conversa, ao esgotarmos os copos, observou a esmo:

— Tens levado uma vida bem engraçada, Castelo!

— Só assim se pode viver... Isto de uma ocupação única: sair de casa a certas horas, voltar a outras, aborrece, não achas? Não sei como me tenho agüentado lá, no consulado!

— Cansa-se; mas não é isso que me admiro. O que me admira é que tenhas corrido tantas aventuras aqui, neste Brasil imbecil e burocrático.

— Qual! Aqui mesmo, meu Castro, se podem arranjar belas páginas de vida. Imagina tu que eu já fui professor de javanês?

— Quando? Aqui, depois que voltaste do consulado?

— Não; antes. E, por sinal, fui nomeado cônsul por isso.

— Conta lá como foi. Bebes mais cerveja?

— Bebo.

Mandamos buscar mais outra garrafa, enchemos os copos, e continuei:

— Eu tinha chegado havia pouco ao Rio e estava literalmente na miséria. Vivia fugido de casa de pensão em casa de pensão, sem saber onde e como ganhar dinheiro, quando li no Jornal do Comércio o anúncio seguinte:

"Precisa-se de um professor de língua javanesa. Cartas etc".

Ora, disse cá comigo, está ali uma colocação que não terá muitos concorrentes; se eu capiscasse quatro palavras, ia apresentar-me. Saí do café e andei pelas ruas, sempre imaginar-me professor de javanês, ganhando dinheiro, andando de bonde e sem encontros desagradáveis com os "cadáveres". Insensivelmente dirigi-me à Biblioteca Nacional. Não sabia bem que livro iria pedir, mas entrei, entreguei o chapéu ao porteiro, recebi a senha e subi.

Na escada, acudiu-me pedir a Grande Encyclopédie, letra J, a fim de consultar o artigo relativo a Java e à língua javanesa. Dito e feito. Fiquei sabendo, ao fim de alguns minutos, que Java era uma grande ilha do arquipélago de Sonda, colônia holandesa, e o javanês, língua aglutinante do grupo malaio-polinésio, possuía uma literatura digna de nota e escrita em caracteres derivados do velho alfabeto hindu.

A Enciclopédia dava-me indicação de trabalhos sobre a tal língua malaia e não tive dúvidas em consultar um deles. Copiei o alfabeto, a sua pronunciação figurada e saí. Andei pelas ruas, perambulando e mastigando letras.

Na minha cabeça dançavam hieróglifos; de quando em quando consultava as minhas notas; entrava nos jardins e escrevia estes calungas na areia para guardá-los bem na memória e habituar a mão a escrevê-los.

À noite, quando pude entrar em casa sem ser visto, para evitar indiscretas perguntas do encarregado, ainda continuei no quarto a engolir o meu "a-b-c" malaio, e, com tanto afinco levei o propósito que, de manhã, o sabia perfeitamente. Convenci-me de que aquela era a língua mais fácil do mundo e saí; mas não tão cedo que não me encontrasse com o encarregado dos aluguéis dos cômodos:

— Senhor Castelo, quando salda a sua conta?

Respondi-lhe então eu, com a mais encantadora esperança:

— Breve... Espere um pouco... Tenha paciência... Vou ser nomeado professor de javanês, e... Por aí o homem interrompeu-me:

— Que diabo vem a ser isso, Senhor Castelo?

Gostei da diversão e ataquei o patriotismo do homem.

— É uma língua que se fala lá pelas bandas do Timor. Sabe onde é?

Oh! alma ingênua! O homem esqueceu-se da minha dívida e disse-me com aquele falar forte dos portugueses:

— Eu cá por mim, não sei bem; mas ouvi dizer que são umas terras que temos lá para os lados de Macau. E o senhor sabe disso, Senhor Castelo?

Animado com esta saída feliz que me deu o javanês, voltei a procurar o anúncio. Lá estava ele. Resolvi animosamente propor-me ao professorado do idioma oceânico. Redigi a resposta, passei pelo Jornal e lá deixei a carta. Em seguida, voltei à biblioteca e continuei os meus estudos de javanês. Não fiz grandes progressos nesse dia, não sei se por julgar o alfabeto javanês o único saber necessário a um professor de língua malaia ou se por ter me empenhado mais na bibliografia e história literária do idioma que ia ensinar.

Ao cabo de dois dias, recebia eu uma carta para ir falar ao Doutor Manuel Feliciano Soares Albernaz, Barão de Jacuecanga, à rua Conde de Bonfim, não me recordo bem que número. É preciso não te esqueceres de que entrementes continuei estudando o meu malaio, isto é, o tal javanês. Além do alfabeto, fiquei sabendo o nome de alguns autores, também perguntar responder "como está o senhor"? e duas ou três regras de gramática, lastrado todo esse saber com vinte palavras do léxico.

Não imaginas as grandes dificuldades com que lutei para arranjar os quatrocentos réis da viagem! É mais fácil — pode ficar certo — aprender o javanês... Fui à pé. Cheguei suadíssimo; e, com maternal carinho, as anosas mangueiras, que se perfilavam em alameda diante da casa do titular, me receberam, me acolheram e me reconfortaram. Em toda minha vida, foi o único momento em que cheguei a sentir simpatia pela natureza...

Era uma casa enorme que parecia estar deserta; estava maltratada, mas não sei por que me veio pensar que nesse mau tratamento havia mais desleixo e cansaço de viver que mesmo pobreza. Devia haver anos que não era pintada. As paredes descascavam e os beirais do telhado, daquelas telhas vidradas de outros tempos, estavam desguarnecidos aqui e ali, como dentaduras decadentes ou malcuidadas.

Olhei um pouco o jardim e vi a pujança vingativa com que a tiririca e o carrapicho tinham expulsado os tinhorões e as begônias. Os crótons continuavam, porém, a viver com a sua folhagem de cores mortiças. Bati. Custaram-me a abrir. Veio, por fim, um antigo preto africano, cujas barbas e cabelos de algodão davam à sua fisionomia uma aguda impressão de velhice, doçura e sofrimento.
Na sala, havia uma galeria de retratos: arrogantes senhores de barba em colar se perfilavam enquadrados em imensas molduras douradas, e doces perfis de senhoras, em bandós, com grandes leques, pareciam querer subir aos ares, enfunadas pelos redondos vestidos à balão; mas, daquelas velhas coisas, sobre as quais a poeira punha mais antigüidade e respeito, a que gostei mais de ver foi um belo jarrão de porcelana da China ou da Índia, como se diz. Aquela pureza da louça, a sua fragilidade, a ingenuidade do desenho e aquele fosco brilho de luar, diziam-me a mim que aquele objeto tinha sido feito por mãos de criança, a sonhar, para encanto dos olhos fatigados dos velhos desiludidos...

Esperei um instante o dono da casa.Tardou um pouco. Um tanto trôpego, com o lenço de alcobaça na mão, tomando veneravelmente o simonte de antanho, foi cheio de respeito que o vi chegar. Tive vontade de ir-me embora. Mesmo se não fosse ele o discípulo, era sempre um crime mistificar aquele ancião, cuja velhice trazia à tona do meu pensamento alguma coisa de augusto, de sagrado. Hesitei, mas fiquei.

— Eu sou — avancei — o professor de javanês, de que o senhor disse precisar.

— Sente-se — respondeu-me o velho. — O senhor é daqui, do Rio?

— Não, sou de Canavieiras.

— Como? — fez ele. — Fale um pouco alto, que sou surdo.

— Sou de Canavieiras, na Bahia — insisti eu.

— Onde fez os seus estudos?

— Em São Salvador.

— Em onde aprendeu o javanês? — indagou ele, com aquela teimosia peculiar aos velhos.

Não contava com essa pergunta, mas imediatamente arquitetei uma mentira. Contei-lhe que meu pai era javanês. Tripulante de uma navio mercante, viera ter à Bahia, estabelecera-se nas proximidades de Canavieiras como pescador, casara, prosperara e fora com ele que aprendi javanês.

— E ele acreditou? E o físico? — perguntou meu amigo, que até então me ouvira calado.

— Não sou — objetei — lá muito diferente de um javanês. Estes meu cabelos corridos, duros e grossos e a minha pele basané podem dar-me muito bem o aspecto de um mestiço malaio... Tu sabes bem que, entre nós, há de tudo: índios, malaios, taitianos, malgaches, guanches, até godos. É uma comparsaria de raças e tipos de fazer inveja ao mundo inteiro.

— Bem — fez o meu amigo —, continua.

— O velho — emendei eu — ouviu-me atentamente, considerou demoradamente o meu físico, e pareceu que me julgava de fato filho de malaio, e perguntou-me com doçura:

— Então está disposto a ensinar-me javanês?

— A resposta saiu-me sem querer. Pois não.

— O senhor há de ficar admirado — aduziu o Barão de Jacuecanga — que eu, nesta idade, ainda queira aprender qualquer coisa, mas...

— Não tenho que admirar. Têm-se visto exemplos e exemplos muito fecundos...

— O que eu quero, meu caro senhor...?

— Castelo — adiantei eu.

— O que eu quero, meu caro Senhor Castelo, é cumprir um juramento de família. Não sei se o senhor sabe que eu sou neto do Conselheiro Albernaz, aquele que acompanhou Pedro I, quando abdicou. Voltando de Londres, trouxe para aqui um livro em língua esquisita, a que tinha grande estimação. Fora um hindu ou siamês que lho dera em Londres, em agradecimento a não sei que serviço prestado por meu avô. Ao morrer meu avô, chamou meu pai e lhe disse: "Filho, tenho este livro aqui, escrito em javanês. Disse-me que mo deu que ele evita desgraças e traz felicidades para quem o tem. Eu não sei nada ao certo. Em todo caso, guarda-o; mas, se queres que o fado que me deitou o sábio oriental se cumpra, faze com que teu filho o entenda, para que sempre a nossa raça seja feliz." Meu pai — continuou o velho barão — não acreditou muito na história; contudo guardou o livro. Às portas da morte, ele mo deu e disse-me o que prometera ao pai. Em começo, pouco caso fiz da história do livro. Deitei-o a um canto e fabriquei minha vida. Cheguei até esquecer-me dele; mas, de uns tempos a esta parte, tenho passado por tanto desgosto, tantas desgraças têm caído sobre a minha velhice que me lembrei do talismã da família. Tenho que o ler, que o compreender, e não quero que os meus últimos dias anunciem o desastre da minha posteridade; e, para entendê-lo, é claro que preciso entender o javanês. Eis aí.

Calou-se e notei que os olhos do velho se tinham orvalhado. Enxugou discretamente os olhos e perguntou-me se queria ver o livro. Respondi-lhe que sim. Chamou o criado, deu-lhe as instruções e explicou-me que perdera todos os filhos, sobrinhos, só lhe restando uma filha casada, cuja prole, porém, estava reduzida a um filho, débil de corpo e de saúde frágil e oscilante.

Veio o livro. Era um velho calhamaço, um inquarto antigo, encadernado em couro, impresso em grandes letras, em um papel amarelado e grosso. Faltava a folha do rosto e por isso não se podia ler a data da impressão. Tinha ainda umas páginas de prefácio, escritas em inglês, onde li que se tratava das histórias do príncipe Kulanga, escritor javanês de muito mérito.

Logo informei disso o velho barão que, não percebendo que eu tinha chegado aí pelo inglês, ficou tendo em alta consideração o meu saber malaio. Estive ainda folheando o cartapácio, à laia de quem sabe magistralmente aquela espécie de vasconço, até que afinal contratamos as condições de preço e de hora, comprometendo-me a fazer com que ele lesse o tal alfarrábio antes de um ano.

Dentro em pouco, dava a minha primeira lição, mas o velho não foi tão diligente quanto eu. Não conseguia aprender a distinguir e a escrever nem sequer quatro letras. Enfim, com metade do alfabeto levamos um mês e o Senhor Barão de Jacuecanga não ficou lá muito senhor da matéria: aprendia e desaprendia.

A filha e o genro ( penso que até aí nada sabiam da história do livro) vieram a ter notícias do estudo do velho; não se incomodaram. Acharam graça e julgaram coisa boa para distraí-lo.

Mas com que tu vais ficar assombrado, meu caro Castro, é com a admiração que o genro ficou tendo pelo professor de javanês. Que coisa única! Ele não se cansava de repetir: "É um assombro! Tão moço! Se eu soubesse isso, ah! onde estava!"

O marido de Dona Maria da Glória ( assim se chamava a filha do barão), era desembargador, homem relacionado e poderoso; mas não se pejava em mostrar diante de todo o mundo a sua admiração pelo meu javanês. Por outro lado, o barão estava contentíssimo. Ao fim de dois meses, desistira da aprendizagem e pedira-me que lhe traduzisse, um dia sim outro não, um trecho do livro encantado. Bastava entendê-lo, disse-me ele; nada se opunha que outrem o traduzisse e ele ouvisse. Assim evitava a fadiga do estudo e cumpria o encargo.

Sabes bem que até hoje nada sei de javanês, mas compus umas histórias bem tolas e impingi-as ao velhote como sendo do crônicon. Como ele ouvia aquelas bobagens!... Ficava extático, como se estivesse a ouvir palavras de um anjo. E eu crescia a seus olhos! Fez-me morar em sua casa, enchia-me de presentes, aumentava-me o ordenado. Passava, enfim, uma vida regalada.

Contribuiu muito para isso o fato de vir ele a receber uma herança de um seu parente esquecido que vivia em Portugal. O bom velho atribuiu a coisa ao meu javanês; e eu estive quase a crê-lo também.

Fui perdendo os remorsos; mas, em todo o caso, sempre tive medo de que me aparecesse pela frente alguém que soubesse o tal patuá malaio. E esse meu temor foi grande, quando o doce barão me mandou com uma carta ao Visconde de Caruru, para que me fizesse entrar na diplomacia. Fiz-lhe todas as objeções: a minha fealdade, a falta de elegância, o meu aspecto tagalo. — "Qual! retrucava ele. Vá, menino; você sabe javanês!" Fui. Mandou-me o visconde para a Secretaria dos Estrangeiros com diversas recomendações. Foi um sucesso.

O diretor chamou os chefes de seção: "Vejam só, um homem que sabe javanês — que portento!"

Os chefes da seção levaram-me aos oficiais e amanuenses e houve um destes que me olhou mais com ódio do que com inveja ou admiração. E todos diziam: "Então sabe javanês? É difícil? Não há quem o saiba aqui!"

O tal amanuense, que me olhou com ódio, acudiu então: "É verdade, mas eu sei canaque. O senhor sabe?" Disse-lhe que não e fui à presença do ministro.

A alta autoridade levantou-se, pôs as mãos às cadeiras, consertou o pince-nez no nariz e perguntou: " Então, sabe javanês?" Respondi-lhe que sim; e, à sua pergunta onde o tinha aprendido, contei-lhe a história do tal pai javanês. "Bem, disse-me o ministro o senhor não deve ir para a diplomacia; o seu físico não se presta... O bom seria um consulado na Àsia ou Oceania. Por ora, não há vaga, mas vou fazer uma reforma e o senhor entrará. De hoje em diante, porém, fica adido ao meu ministério e quero que, para o ano, parta para Bâle, onde vai representar o Brasil no congresso de Lingüística. Estude, leia o Hove-Iacque, o Max Müller, e outros!"

Imagina tu que eu até aí nada sabia de javanês, mas estava empregado e iria representar o Brasil em um congresso de sábios.

O velho barão veio a morrer, passou o livro ao genro para que o fizesse chegar ao neto, quando tivesse a idade conveniente e fez-me uma deixa no testamento.

Pus-me com afã no estudo das línguas malaio-polinésias; mas não havia meio!

Bem jantado, bem vestido, bem dormido, não tinha energia necessária para fazer entrar na cachola aquelas coisas esquisitas. Comprei livros, assinei revistas: Revue Anthropologique et Linguistique, Proceedings of the English-Oceanic Association, Archivo Glottologico Italiano, o diabo, mas nada! E a minha fama crescia. Na rua, os informados apontavam-me, dizendo aos outros: "Lá vai o sujeito que sabe javanês." Nas livrarias, os gramáticos consultavam-me sobre a colocação dos pronomes no tal jargão das ilhas de Sonda. Recebia cartas dos eruditos do interior, os jornais citavam o meu saber e recusei aceitar uma turma de alunos sequiosos de entender o tal javanês. A convite da redação, escrevi, no Jornal do Commércio, um artigo de quatro colunas sobre a literatura javanesa antiga e moderna...

— Como, se tu nada sabias? — interrompeu-me o atento Castro.

— Muito simplesmente: primeiramente, descrevi a ilha de Java, com o auxílio de dicionários e umas poucas de geografia, e depois citei a mais não poder.

— E nunca duvidaram? — perguntou-me ainda o meu amigo.

— Nunca. Isto é, uma vez quase fico perdido. A polícia prendeu um sujeito, um marujo, um tipo bronzeado que só falava em língua esquisita. Chamaram diversos intérpretes, ninguém o entendia. Fui também chamado, com todos os respeitos que a minha sabedoria merecia, naturalmente. Demorei-me em ir, mas fui afinal. O homem já estava solto, graças à intervenção do cônsul holandês, a quem ele se fez compreender com meia dúzia de palavras holandesas. E o tal marujo era javanês — uf!

Chegou, enfim, a época do congresso, e lá fui para a Europa. Que delícia! Assisti à inauguração e às sessões preparatórias. Inscreveram-me na seção do tupi-guarani e eu abalei para Paris. Antes, porém, fiz publicar no Mensageiro de Bâle o meu retrato, notas biográficas e bibliográficas. Quando voltei, o presidente pediu-me desculpas por me ter dado aquela seção; não conhecia os meus trabalhos e julgara que, por ser eu americano-brasileiro, me estava naturalmente indicada a seção do tupi-guarani. Aceitei as explicações e até hoje ainda não pude escrever as minhas obras sobre o javanês, para lhe mandar, conforme prometi.

Acabado o congresso, fiz publicar extratos do artigo do Mensageiro de Bâle, em Berlim, em Turim e em Paris, onde os leitores de minhas obras me ofereceram um banquete, presidido pelo Senador Gorot. Custou-me toda essa brincadeira, inclusive o banquete que me foi oferecido, cerca de dez mil francos, quase toda a herança do crédulo e bom Barão de Jacuecanga.

Não perdi meu tempo nem meu dinheiro. Passei a ser uma glória nacional e, ao saltar no cais Pharoux, recebi uma ovação de todas as classes sociais e o presidente da República, dias depois, convidava-me para almoçar em sua companhia.

Dentro de seis meses fui despachado cônsul em Havana, onde estive seis anos e para onde voltarei, a fim de aperfeiçoar os meus estudos das línguas da Malaia, Melanésia e Polinésia.

— É fantástico — observou Castro, agarrando o copo de cerveja.

— Olha: se não fosse estar contente, sabes que ia ser?

— Quê?

— Bacteriologista eminente. Vamos?

— Vamos.