quarta-feira, 20 de junho de 2012

Atividades em duplas


Questões para a atividade em duplas. O objetivo desta atividade é avaliar a cooperação e autonomia de pensamento dos alunos. As questões, abaixo reproduzidas, são retiradas do “Caderno do Aluno da Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias – História”, Volume 2, material fornecido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP), pela CENP (Coordenação de Estudos e Normas Pedagógicas) e pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), na edição de 2012. Para facilitar a execução das tarefas é permitida a consulta ao livro fornecido pela SEE (“Conexões com a História” – Alexandre Alves, Letícia F. de Oliveira, Vol. 1 – Das origens do homem à conquista do Novo Mundo. São Paulo: Editora Moderna, 2010, p. 115-119).

Página 10 – 1. “A democracia grega antiga é um regime em que os cidadãos exercem um papel importante, quando têm acesso às assembleias. O problema que se coloca é: Quem é cidadão na pólis grega? Ao se considerar o modelo estudado, o da democracia ateniense, poucos são os cidadãos. A partir dessa constatação e à luz dos estudos realizados, desenvolva um texto sobre “Os limites da democracia ateniense“.

O texto deve ser original dos alunos – evitando, portanto a cópia, o texto deve ter correção gramatical e formal, coerência e lógica, mas deve deixar claro o entendimento da ideia de pólis enquanto uma forma de organização política das diferentes cidades gregas do período, destacando as características exclusivas do caso solicitado na questão (Atenas), onde mulheres, crianças, estrangeiros e escravos estavam excluídos da participação da Assembleia Popular (a Eclésia), órgão supremo de Atenas. O texto deverá deixar claro que o critério econômico não é o mais importante na definição da condição de cidadão, e sim o aspecto jurídico relativo ao fato de ser do sexo masculino e descendente de pai e mãe ateniense, desconsiderando-se sua condição de ser rico ou pobre.

 Página 11 – 2. Sobre Esparta, o estudioso Moses Finley afirmou:

        “Ser igual significava compartilhar de um ciclo de vida comum bem definido, incluindo:
1. uma educação comum, formal e compulsória, destinada a inculcar a obediência, a coragem, a disciplina e a habilidade militar profissional;
2. uma única vocação ou profissão, a de soldado ou a de oficial hoplita;
3. segurança econômica e independência quanto às preocupações de ordem econômica, sendo todos os serviços produtivos e auxiliares executados por duas categorias distintas de súditos, os hilotas e os periecos;
4. uma vida pública [...] numa comunidade totalmente composta de homens, com o máximo de conformismo e anti-individualismo.”
FINLEY, Moses I. Esparta. In: Uso e abuso da História. Tradução Marylene Pinto Michael. São Paulo: Martins Fontes, 1989. P. 24-179.

Com base nessas informações, desenvolva um pequeno texto que retrate as motivações da militarização espartana, a divisão do trabalho na sociedade e a vida pública.

Resposta também deve ser pessoal e original destacando a oposição entre democracia e oligarquia, enquanto na primeira há o livre debate das propostas, na oligarquia as decisões pertencem a um grupo minoritário da sociedade que precisa impô-las aos demais membros da sociedade. No caso, os esparcíatas (elite oigárquica formada pelos proprietários das terras agriculturáveis e suas famílias) dominando os periecos (famílias livres de espartanos pobres ou de estrangeiros, que se dedicavam ao cmércio e demias trabalhos urbanos e rurais) e finalmente os hilotas (escravos, pobres  sem nenhuma propriedade). Some-se a isso a educação que formava militares, dando maior ênfase à coragem, obediência e disciplina. Deve também lembrar o texto a condição da hierarquia militar em que os subordinados devem conformar-se e obedecer, sem discussão, as determinações dos superiores.

Página 20. Observe as afirmações a seguir e, na sequência, à luz dos conteúdos estudados, analise cada uma delas e responda às questões que seguem:

“Os negros escravizados no Brasil foram trazidos do continente africano.”
“No Brasil, as mulheres têm direito ao voto a partir de 1932.”
“Um estrangeiro naturalizado pode votar nas eleições no Brasil”

 Página 21. Os três aspectos a seguir podem ser percebidos de modo diferente na história da Grécia Antiga e na história do Brasil. Pesquise e desenvolva uma análise comparativa a esse respeito.

a)      Escravidão:
b)      Participação feminina na sociedade;
c)       Inserção política dos estrangeiros:

Como nas questões anteriores, o texto deve ser original. Nesta questão é solicitada a comparação de duas situações bastante distanciadas no tempo e no espaço, a realidade do aluno no Brasil no século XXI (e de todos nós brasileiros nos séculos anteriores - XIX e XX) e a de algumas referências feitas na escola sobre a Grécia antiga no período clássico (século V a.C.). Necessário para fazer essa análise alguns conhecimentos prévios sobre a realidade em que vivemos atualmente, a questão racial nos dias de hoje e a escravidão terminada em maio de 1888 (terminou realmente?), o machismo da sociedade brasileira atual, a presidência da república exercida por uma mulher e o direito a voto para mulheres, menores de dezoito anos, analfabetos e estrangeiros naturalizados, comparando essas informações com as que o livro e algumas explicações dadas nas aulas e possivelmente anotadas pelo aluno no caderno sobre a Grécia Antiga, passando pela exclusão das mulheres, crianças e escravos da cidadania em Atenas, o machismo espartano em consequência do caráter guerreiro, bélico e oligárquico. Com relação à escravidão, seria bom se o texto mencionasse o caráter mercantilista da escravidão da época moderna, e o fato de que a escravidão da Antiguidade ser decorrente de guerras, portanto a origem dos escravos na Grécia Antiga podia ser da própria Europa e não essencialmente africana como no Brasil colonial e imperial. Claro que não deve ser esquecido a originalidade do texto, não devendo ser copiado, ter correção gramatical, coerência e lógica.

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