terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Texto sobre a Periodização da História

Este texto foi extraído da Wukipedia dia 28/02/2012.
Endereço:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Periodiza%C3%A7%C3%A3o_da_Hist%C3%B3ria


Periodização da História

Denomina-se de periodização da História à divisão, para fins didáticos, da História em épocas, períodos ou idades. A necessidade desses "cortes" (ou "recortes") é tão antiga quanto a da escrita da História, cada época ou cultura tendo usado uma diferente metodologia. Embora qualquer articulação no processo histórico seja artificial (e passível de críticas), essa prática torna-se indispensável para que o conhecimento histórico se torne inteligível. Desse modo, pode haver
tantas divisões quantos pontos-de-vista - culturais, etnográficos e ideológicos. Não há como definir um padrão único ou consensual.
O método mais antigo de periodização empregado pelo Homem foi o da articulação político-genealógica, observando os limites dos reinados e das dinastias.
Na Grécia Antiga, Hesíodo, em Os Trabalhos e os Dias, propôs uma articulação por épocas, a as cinco idades (Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro).
Posteriormente, Políbio, um dos primeiros historiadores a encarar a História como uma sequência lógica de causas e efeitos, por outras razões, optou por uma teoria de rígida sucessão das instituições políticas.
O Cristianismo trouxe uma concepção de devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da Criação até ao Juízo Final, foi adaptada em uma forma secular pelo moderno pensamento histórico. Cada época passou a ter um caráter único, individual, quer de acordo, por exemplo, com o modelo dos seis dias bíblicos da Criação, quer com o das quatro monarquias universais (o Império Babilônico, o Medo-Persa, Grécia e Roma).
A articulação em - Antiguidade – Idade Média – Idade Moderna – foi enunciada pelo alemão Cristoph Cellarius (1634-1707) que, de início, correspondia à interpretação e valorização pelos Humanistas de uma história cultural européia ocidental.
Ao final do século XIX, quando da afirmação da História enquanto ciência, afirmou-se no mundo ocidental uma divisão baseada em grandes marcos ou eventos, que se denomina de
"periodização clássica":

Periodização Clássica

Pré-História
A chamada Pré-história inicia-se com o surgimento do Homem na Terra e dura até cerca de 4000 a.C., com o surgimento da escrita no Crescente Fértil, mais precisamente na Mesopotâmia. Caracteriza-se, grosso modo, pelo nomadismo e actividades de caça e de re-colecção. Surge a agricultura e a pecuária, os quais levaram os homens pré-históricos ao sedentarismo e a criação das primeiras cidades.
Foram feitas grandes descobertas sem as quais hoje seria muito difícil viver:
*No Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
*No Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida, ocorreu a revolução agrícola: domesticaram-se animais, e começou-se a praticar a domesticação de espécies vegetais;
*Na Idade dos Metais: fundição dos metais e utilização deste no fabrico de instrumentos, o último período da Pré-Historia demarca o conjunto de transformações que dão início ao aparecimento das primeiras civilizações da Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.
Idade Antiga
A Antiguidade compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações, sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egipto, Palestina, Mesopotâmia, Irão e Fenícia. Abrange, também, as chamadas civilizações clássicas: Grécia e Roma.
Idade Média
A Idade Média é limitada entre o ano de 476 d.C. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente queda do Império Romano do Oriente. É estudada com relação às três culturas em confronto em torno da bacia do mar Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo de produção feudal em algumas regiões da Europa.
Idade Moderna
A chamada Idade Moderna é considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os descobrimentos marítimos e o Renascimento. Caracteriza-se pelo nascimento do modo de produção capitalista.
Idade Contemporânea
A chamada Idade Contemporânea compreende-se de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de grandes proporções e a Nova Ordem Mundial
Críticas à periodização clássica
Os críticos dessa fórmula de periodização, baseada em eventos ou fatos históricos, apontam diversos inconvenientes em seus "recortes", entre os quais:
*o advento da escrita ocorreu em diferentes períodos em diferentes culturas, tornando imprecisa
uma comparação puramente cronológica, por exemplo, entre as culturas do Crescente Fértil com as diferentes culturas pré-Colombianas;
*as mudanças ocorridas entre períodos registraram-se gradualmente, e em velocidades variáveis conforme as culturas/regiões, como por exemplo, o fim de um modo de produção como o feudalismo.
*Mesmo nesta periodização há críticas sobre quais seriam os marcos para o fim e começo dos períodos; assim, alguns autores assinalam o fim da Antiguidade em 395, como Joaquim Silva e J. B. Damasco Penna, informando que "há historiadores que preferem considerar o fim da Antiguidade em 476..."; estes autores colocam o fim da Idade Média em 1453, ano da queda de Constantinopla, enquanto "nem por todos é aceita; alguns colocam o fim da Idade Média em 1492, data do descobrimento da América". Já para a Era Contemporânea, trazem que "também há críticas de historiadores, vários dos quais entendem que a História Contemporânea começa realmente em 1914, início da Primeira Guerra Mundial..." (SILVA, Joaquim, PENNA, J. B. Damasco, História Geral, Cia. Editora Nacional, São Paulo, 1972)
Citações
"...as épocas apenas têm um interesse mnemotécnico." (Benedetto Croce)
"...os compêndios de História começam e acabam, mas outro tanto não acontece com os fenômenos que nele são registrados." (R. G. Collingwood)
Bibliografia
POMIAN. K. “Periodização”, Enciclopédia Einaudi, vol. 29, Lisboa, Imprensa Nacional –. Casa da Moeda, 1993, p.164-213.

Quadro Periodização da História

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Texto sobre a contagem do tempo

A CONTAGEM DO TEMPO
Wilson A. Ribeiro Jr.


http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0194
Acesso 16/02/2012


A necessidade de contar o tempo surgiu durante o Neolítico, quando os primeiros agricultores notaram a importância do exato conhecimento das estações do ano para o sucesso de suas plantações. A partir daí, cada cultura desenvolveu seu próprio sistema de contagem do tempo.
Os diversos sistemas de contagem do tempo, fundamentados em maior ou menor grau em diferentes fenômenos astronômicos, são chamados de "calendários". O calendário moderno é do tipo solar e baseia-se no movimento descrito pela Terra em torno do Sol.
Unidades de tempo
O calendário atual, estabelecido em 1582, incorporou unidades de tempo de diferentes origens históricas. A mais antiga divisão do tempo, o dia, definida pela alternância cíclica da luz solar e da escuridão da noite é, provavelmente, anterior a 8000 a.C.
Mais tarde surgiram os meses, definidos originalmente pelas fases da lua, e depois o ano, baseado no movimento aparente do sol e no ciclo das estações. O mais antigo calendário solar foi desenvolvido no Egito por volta de 2773 a.C. Esse calendário tinha 365 dias e era ainda usado pelos gregos do Egito Ptolemaico durante o Período Helenístico.
A divisão do mês em 4 semanas de 7 dias, invenção babilônica baseado em conceitos astrológicos e desenvolvida no século VII a.C., foi adotada pelos romanos na época do Império, provavelmente no século I d.C.
O calendário juliano
Os romanos utilizavam primitivamente um calendário lunar, com adição periódica de um mês suplementar para compensar o atraso em relação às estações do ano, dependentes do ano solar. O método, extremamente rudimentar, acumulou em 47 a.C. uma diferença de 80 dias, gerando enorme confusão na vida civil e religiosa.
No ano seguinte, 46 a.C., o ditador romano Júlio César (100-44 a.C.) instituiu o calendário juliano, conforme as recomendações do astrônomo Sosígenes de Alexandria (séc. I a.C.):
• o ano de 46 a.C. teve a duração prolongada: 445 dias;
• o ano passou a ser calculado em 365,25 dias;
• os doze meses passaram a ter duração diferente, quase igual à que têm até hoje;
• o primeiro dia do ano, antes situado em 15 de março, foi fixado em 1º de janeiro;
• a cada quatro anos, para compensar a fração anual excedente (0,25 dias), foi instituído o ano de 366 dias, chamado de ano bissexto até hoje.
Foi um trabalho soberbo para a época. No entanto, como nos outros calendários, havia ainda pequena defasagem entre o real número de dias do ano astronômico e os intervalos básicos de tempo (dias, meses, ano). A Terra completa uma revolução em torno do Sol a cada 365,2422 dias; como o ano havia sido fixado em 365,25 dias, essa pequena diferença foi se acumulando, e a cada 128 anos atingia 1 dia.
Em 1582, tornou-se necessário um pequeno ajuste, instituído pelo Papa Gregório III (1502-1585 d.C.), conforme as recomendações do astrônomo bávaro Christoph Clavius (1537-1612 d.C.):
• 10 dias do ano de 1582 foram suprimidos (o dia 4 de outubro foi seguido do dia 15 de outubro);
• os anos terminados em "00" e não divisíveis por 400 deixaram de ser considerados bissextos (1700, 1800 e 1900 d.C., não foram bissextos; 2000 d.C., sim).
O calendário juliano "corrigido", chamado de gregoriano em homenagem ao Papa, também não é perfeito, pois há um excesso de 0,0003 dias em relação ao ano astronômico. A diferença, porém, é de apenas 1,13 dias a cada 4000 anos, e novo ajuste será necessário somente em 5582 d.C., daqui a 3582 anos...
A Era Cristã
Para computar tempo superior a um ano, as antigas civilizaçõe utilizavam em geral a duração de reinados (Egito), a sucessão de magistrados (Roma Republicana), a enumeração das gerações (Grécia Arcaica), ou então um fato memorável, como por exemplo a fundação de Roma.
Durante o Império Romano, contava-se o tempo conforme a sucessão dos Cônsules(1) e também Ab Vrbe Condita (AVC), isto é, "desde a fundação da cidade de Roma". Mais tarde, a referência passou a ser o ano 284 d.C., data da posse do Imperador romano Diocleciano (240-313 d.C.).
Em 523, o monge católico Dionísio, o Pequeno, decidiu efetuar a contagem a partir do nascimento de Jesus Cristo. Ele calculou que o nascimento de Cristo havia ocorrido em 753 AVC, no dia 25 de dezembro, e fixou o início da "nova era" no dia 1º de janeiro do ano seguinte, o 754º da fundação de Roma.
O novo sistema cronológico não foi aceito de imediato, nem mesmo pela Igreja Católica. Finalmente admitido no século X d.C. pela Cúria Romana, foi gradualmente adotado pelas nações cristãs, assim como o calendário gregoriano.
Devido à adoção do calendário gregoriano e da Era Cristã pela maioria das nações não-cristãs a partir do século XIX d.C., muitos eruditos preferem empregar o termo "Era Comum" no lugar de "Era Cristã".
a.C. e d.C.
Sabe-se, hoje, que Dionísio, o Pequeno, cometeu um pequeno erro de cálculo: Jesus Cristo, na verdade, nasceu pouco antes de 749 AVC, quatro a oito anos antes da data "oficial". No entanto, por tradição, até hoje o ano 754 AVC continua sendo o "Ano 1" da Era Cristã.
Com a adoção quase universal do calendário gregoriano e da Era Cristã no Ocidente, os anos posteriores à data tradicional do nascimento de Cristo (assinalado com um "X" na linha do tempo abaixo) passaram a ser contados em ordem crescente, e os anos anteriores em ordem decrescente.


É costume, principalmente entre os historiadores modernos, utilizar as abreviações a.C., "antes de Cristo", e d.C., "depois de Cristo", para especificar se a data se refere à Era Cristã ou ao período anterior. Os países de língua inglesa também utilizam, para a Era Cristã, a sigla AD(2) antes do número: AD 1997.
Eis mais alguns conceitos úteis:
• não existiu o "ano zero"; o dia 31 de dezembro de 1 a.C. foi seguido pelo dia 1º de janeiro de 1 d.C.
Alguém nascido em março de 10 a.C. e morto em abril de 20 d.C. terá vivido, portanto, não 30 anos, e sim 29.
Regra: 10 + 20 - 1 (subtrai-se, naturalmente, o inexistente ano zero).
• o século compreende um período de 100 anos e é habitualmente representado por um algarismo romano; como não houve ano zero, o último ano de cada século d.C. termina sempre em "00", assim como o primeiro ano de cada século a.C.
d.C.



• o milênio compreende um período de 1000 anos (o primeiro e o último ano são calculados como no caso do século).
Desse modo, o 2º milênio da Era Cristã termina em 31 de dezembro de 2000; o 3º milênio começa, portanto, em 1º de janeiro de 2001.
Convenções utilizadas no Portal
Adoto, em minhas páginas, uma variação do sistema usado pelos astrônomos para as datas anteriores à Era Cristã (ou Era Comum): números negativos. Você encontrará o ano 753 a.C., por exemplo, escrito deste modo: -753.
Os matemáticos acham desnecessário colocar o sinal "+" quando utilizam números posivos; do mesmo modo, não utilizo a notação "d.C." ou "AD" para datas posteriores à Era Cristã ou Comum. O ano 284 d.C., por exemplo, fica simplesmente assim: 284.
Algumas datas situadas na Pré-História são eventualmente referidas segundo a notação arqueológica "AP" (antes do presente, tradução do inglês "BP", before present). O ponto de partida desse método é, convencionalmente, o ano 1950 de nossa Era. Assim, -46 é o mesmo que 1996 AP.
Para assinalar nascimentos, mortes ou, simplesmente, um intervalo de tempo, utilizo uma barra inclinada para a direita: "Júlio César (-100/-44)"; "Idade do Bronze, -3000/-1100"; etc. Quando as datas são um tanto imprecisas, costumo colocar uma única referência temporal: "Sosígenes de Alexandria (séc. -I)".
Notas
1 -
O cônsul era um magistrado romano eleito pela Comitia Centuriata, assembléia constituída por todos os cidadãos romanos, mas que na prática era dominada pelos patrícios. Eram eleitos anualmente dois cônsules e, durante a República (-509/-31), tinham poder civil e militar (imperium) quase ilimitado. Assumiam suas funções no dia 1º de janeiro, e era costume dar seu nome ao ano: "próximo às calendas de junho, pois, sendo cônsules Lucius Caesar e Caius Figulus..." (Salústio, Catilina 17). Na época imperial (após -31), passaram a ser nomeados pelo Imperador e, embora o cargo ainda tivesse muito prestígio, o imperium eram exercido pelo próprio Imperador.
2 - "AD" é a abreviatura habitual da expressão latina Anno Domini, "no ano do Senhor". Usa-se, em geral, antes do número: AD 1500 = "no ano do senhor de 1500".

BIBLIOGRAFIA
A WALK THROUGH TIME. Página consultada em maio de 1997, disponível em http://physics.nist.govGenInt/Time/time.html
ASIMOV, I. Deixe-me contar os dias. In ___, Contando as Eras. Trad. F. Py. São Paulo: Francisco Alves, p. 74-87, 1986.
CALENDARS THROUGH THE AGES. Página consultada em maio de 1997, disponível em http://webexhibits.org/calendars/timeline.html
DOGGETT, L.E. Calendars. Página consultada em maio de 1997, disponível em http://astro.nmsu.edu/~lhuber/leaphist.html
ENCICLOPEDIA MIRADORINTERNACIONAL, s.v. “Calendário”. São Paulo: Britannica do Brasil, v. 5, p. 1922-1930, 1979.
HISTORY OF THE CALENDAR Página consultada em maio de 1997, disponível em http://www.infoplease.com/ipa/A0002061.html




quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O que estudaremos este ano

Programa História para 2012 – 1ª Série do Ensino Médio
PRIMEIRO BIMESTRE
1 – A notação do tempo – as linguagens das fontes históricas: memória e história;
2 – Problematizando a pré-história;
3 – As fontes sobre o conhecimento sobre a pré-história;
4 – Oriente Próximo – o surgimento das primeiras cidades:Egito, Mesopotâmia, hebreus, fenícios e persas;
SEGUNDO BIMESTRE
5 – A democracia grega clássica;
6 - Limites da democracia grega: mulheres, escravos e estrangeiros;
7 – Democracia e escravidão no mundo antigo e no mundo contemporâneo;
8 – O Império de Alexandre, o Grande e a fusão cultural entre oriente e ocidente;
TERCEIRO BIMESTRE
9 – A civilização romana e as invasões bárbaras;
10 – Império Bizantino e o mundo árabe;
11 – Os francos e o Império de Carlos Magno;
12 – Sociedade feudal – características sociais, econômicas, políticas e culturais;
QUARTO BIMESTRE
13 – Renascimento comercial e urbano e a formação das monarquias nacionais;
14 – Expansão europeia nos séculos XIV (14) e XV (15);
15 – Sociedades africanas da região subsaariana até o século XV (15);
16 – A vida na América antes da conquista europeia: as sociedades maia, inca e asteca.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

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Sempre bem vindos

Sejam sempre bemvindos a este blog. Aproveitem ao máximo as mensagens postadas e comuniquem-se comigo sempre que tiverem dúvidas.

O tempo na sociedade tradicional e no mundo industrial

Duas visões diferentes sobre o tempo. O primeiro é um texto do século XV e o segundo do século XIX :

TEXTO 1
"Janeiro olha para o ano passado e para o que está por vir
Fevereiro, o mês mais duro, em que a vida parece parar
Março, em que começam os trabalhos da vinha
Abril, colhem-se as primeiras flores
Maio, 'o tempo está belo e amoroso'
Junho, os trabalhos das terras
Julho, o corte do ferro
Agosto, a ceifa
Setembro a sementeira
Outubro, a vindima
Novembro, mandam-se os porcos às bolotas
Dezembro, mata-se o porco."

GIAUVILLE, Barthelmy de. Le propriétaire des choses (1485). In LE GOFF, J. (Org.) Enciclopédia Einaudi: memória-história. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984, p. 284

TEXTO 2

" [...] Na realidade não havia horas regulares: os mestres e gerentes faziam o que queriam conosco. Os relógios nas fábricas eram frequentemente adiantados de manhã e atrasados à noite e, em vez de serem instrumentos para medição do tempo, eram usados como capas para dissimular a trapaça e a opressão. Embora isso fosse conhecido pelos operários, todos tinham medo de falar, e um trabalhador tinha medo de usar relógio, na medida em que não era incomum despedir qualquer um que pretendesse saber demais sobre a ciência da horologia."
Anônimo. Capítulos na vida de um garoto de fábrica de Dundee. (1887). In THOMPSON, E. P. Time, Work-discipline and industrial capitalism. Disponível em http://libcom.org. Acesso em 12 de jun. 2009 (tradução nossa)


Estes textos estão na página 15 do livro "Conexões com a História", Volume 1 de Alexandre Alves e Leticia F. de Oliveira.

Os sujeitos da história

Dois pequenos textos com pensamentos diferentes sobre quem é o sujeito da história:

TEXTO 1


"A história universal, a história do que o homem completou no mundo é, na realidade, a história dos grandes homens que trabalharam na Terra. Eles foram os condutores, os modeladores, os padrões e, num largo sentido, os criadores de tudo o que a massa geral dos homens procurou fazer ou atingir. E a alma da história pode ser considerada como sendo a história desses grandes homens."

CARLYLE, T. Os heróis e o culto dos heróis. São Paulo: Cultura Moderna, s/d, p. 9



TEXTO 2

"Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua livre escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado."

MARX, Karl. O 18 Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 7 (Coleção Os Pensadores)


Estes textos estão na página 11 do livro "Conexões com a História" de Alexandre Alves e Leticia F. de Oliveira.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Bem vindos

Oi pessoal este é o blog através do qual podemos interagir. Através dele podemos conversar, além disso pretendo postar as notas e atividades que usaremos este ano.